A educação que recebi dos meus pais foi simples e repleta de afetos. Cresci em um lar, onde tínhamos respeito, disciplina, limites, espiritualidade, religiosidade, fé e o alimento necessário para crescermos fortes, educadas e saudáveis. Não dispúnhamos de excessos, nem extravagâncias, mas tínhamos o essencial.
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Tive uma boa educação escolar e integrava o coral da escola. Meus pais faziam parte da liturgia na Igreja, o que para nós era construído naturalmente como rotina devocional da família. Antes das refeições costumávamos louvar em gratidão ao alimento.
Durante a minha infância, e adolescência, a nossa comunidade promovia encontros nas casas das famílias em que orávamos e louvávamos cânticos cristãos. Assim, fui crescendo e acreditando na força dos louvores entoados. Meu pai, senhor Mário Minello, fazia parte do coral da Basílica Nossa Senhora Medianeira, com seu impecável tenor. Minha mãe, dona Rene Maria Lovatto Minello, esboçava em seu teclado, notas musicais para acompanhar seus cantos.
Fui crescendo e compreendendo, que cantar, era também uma forma de expressar sentimentos, afetos e preces. Já no ensino superior, passei a fazer parte do grupo de canto coral CE Canta, o que me oportunizou a participar de alguns musicais também.
Bons exemplos
Hoje, tenho a honra de poder auxiliar na liturgia das Missas da Basílica Nossa Senhora Medianeira buscando seguir os exemplos dos meus pais ao servir à comunidade.
Percebo, a importância dos bons exemplos que sempre tive e tenho a honra de ter para me encorajarem a cantar. Sim, é preciso coragem e vontade para acreditarmos na força que há em nossas expressões e, meus pais nos motivaram sempre com seus exemplos. Hoje, meus pais, com seus 80 e tantos anos, participam ativamente da comunidade na qual eles pertentem, auxiliando como podem.
Mas o que quero mesmo aqui falar é sobre os exemplos que são seguidos de geração em geração e da motivação que recebemos enquanto seres expressivos que necessitam do bom uso de suas potências para estabelecerem saudáveis conexões com os outros. Quando você faz algo com verdade e, que vem do coração, quem está a sua volta busca seguir. No meu caso, orar com a voz e entoar cânticos de louvor era a forma mais genuína de expressarmos a nossa fé.
Tenho a grande honra, de ainda cantar com o meus pais nas missas das igrejas, o que considero um presente em minha vida. Nossas vozes se entrelaçam e se abraçam no mesmo propósito de agradecer pela vida que temos nos unindo em força e coragem reafirmando nossos propósitos em família.
Cantarolar
E você, já experimentou cantar com os seus? É preciso só tentar e acreditar. Nossas vozes somam-se aos afetos que um dia já embalaram nossos sonos com cantigas de ninar. Quando acreditarmos que nossas vozes, são também as expressões mais sinceras de nossos afetos, nos permitiremos entoar cânticos de gratidão por tudo o que somos e por tudo o que temos.
Permita-se cantarolar e escutará a voz do seu coração, com certeza ele tem algo para lhe dizer através da sua voz!